segunda-feira, 27 de abril de 2015

Lá te fundio porrético Frei Caneca - cantado por João Grilo.

Mote: Do Caneca não dá muito pra falar Que o homem mudou muito a história.

 Companheiro agora vou falar
A história de um cara que era frei
Eu não sei se o dado era gay
 Assim mesmo a história vou contar
 Foi um nascido das bandas de cá
 Era filho de Domingos e Francisca
 Para alguns era apenas boa bisca
Que comia cuscuz e mungunzá
Do Caneca não dá muito pra falar
Que o homem mudou muito a história
 Do Caneca não dá muito pra falar
 Que o homem mudou muito a história.
Ei-los soldados de arcabuz,
que por decreto — lei de pedras
Cumprir de sua sentença à luz do Forte:
Joaquim, Frei Caneca. Às Cinco Pontas
(como estrela) do sol confederado
ao norte Saciá-lo, por fim, à bala.
 De lições ao morto e seus pares. Feito não-homem;
 com palavra riscada de brancura fria.
 Figura estática, serena em sua justa caligrafia.
Do Caneca não dá muito pra falar
 Que o homem mudou muito a história.
 Frei Joaquim do Amor Divino Caneca
Liberdade do amor divino O amor da graça
 Quantos tiros de graça Não menos que faltar-lhe
ar Forte das cinco pontas:
Pai, Filho, Espírito, Santo, Amém!
Até a última lembrança Um garoto,
 caneca, esperança Quando ser forte ser fraco
 Quando ser fraco ser forte Liberdade do amor divino
O amor da graça Tantos tiros de graça...
Desgraça, desgraça, desgraça!
 Do Caneca não dá muito pra falar
Que o homem mudou muito a história.
 Certa vez o poeta disse em si
Que dos homens recebeu só tirania
Seu martírio foi muita agonia
 Se cansou de lutar a luta vã
 Ele quase se casa com Iansã
Que é pra ver se a coisa muda enfim
 E o que se segue é o seu relato Falando
 como foi seu fim...
Do Caneca não dá muito pra falar
Que o homem mudou muito a história.
E não sei quantos tiros tomados Um ou dois
foram suficientes Para ver a cegueira dessa gente
É que em vida muito fui sensato Em dar sangue
 por vida e morrer E em meus últimos segundos
 sinto A sensação de que me foi preciso Partir
para realmente viver.
Do Caneca não dá muito pra falar
 Que o homem mudou muito a história.
 Oh, Frei do divino amor
Mesmo exilado não foste derrotado
 Regaste um Pernambuco sem brilho
Colocando teu coração para uma eternidade
Teu legado, teus filhos não podem esquecer Sensações,
alma e essência para viver
Mais toda tua paixão nunca há de morrer
 Se tua alma voltar a nascer Frei de Décima,
Marília e Pátria Não posso contar
 meus males Apenas observar
os ventos Que darão cor a um filho renegado
Do Caneca não dá muito pra falar
Que o homem mudou muito a história.
E eis que o Frei do Divino Amor
Desperta o ódio de uma elite tirana
Por dar à pátria seu devido valor
Por trazer luz à sociedade pernambucana
 De fato as grades de sua prisão
Tiram-lhe um pouco da liberdade
Mas não detêm sua convicção
Tampouco seu caráter e integridade
 E o Frei do Amor Divino seu caminho
segue Pois diante do cortejo deve continuar
 Porém quem à forca está sendo entregue?
 Um conspirador cruel ou um santo mártir
a caminhar? Ventos, ó ventos da mudança
 Será tu capaz de mudar esta triste história?
Podes deter essa procissão que avança
E nesta batalha dar ao frei a vitória?
Pois de Caneca não dá muito pra falar
 Que o homem mudou muito a história.

(c.p.b.p.jr: / Gabriela / Ítalo
/ Mac / Maely / Ruan / Wander)


Obs: Diferente das parcerias postadas aqui como "gororobas literárias":http://salveopoetasalve.blogspot.com.br/search?q=GOROROBA+LITERARIA  (porresias feitas em mesa de bar / lúdicas escritas descompromissadas) este Latifúndio porrético fora algo compromissado no quesito de um trabalho realizado para a disciplina de literatura pernambucana-UFPE.   




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