. . . r e t i c ê t c ê r a . . .

EU VEJO O MEDO DE  DRUMMOND

Provisoriamente não cantaremos o amor,

EU S!NTO O PLAG!O DE  DRUMMOND

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

EM ALGUM CONGRESSO  (DRUMMOND)

Cantaremos o medo, que estereliza os abraços,

!NTERNAC!ONAL  (DRUMMOND)

não cantaremos o ódio, porque este não existe,

DO MEDO (DE) DRUMMOND

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

PLAG!O ESSE,  DRUMMOND,

DE ALGUM MAN!FESTO ATE!STA, DRUMMOND

o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

O MEDO DO P!RATA DENTRO DE  DRUMMOND

o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

O MEDO PUNK DE P!ERRE SARGAN,  DRUMMOND

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

CANTAREMOS O MEDO

ETERNO PALHAÇO ANARQU!STA

!RMAO PUNK  DRUMMOND

cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.

CANTAREMOS O MEDO-ESQUEC!MENTO  DRUMMOND

Depois morreremos de medo

DEPO!S CHORAREMOS AO MEDO TR!STEZA  DRUMMOND

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

E Q MORREREMOS  ANDRADE

DO P!OR MEDO Q EX!STE !!!  CARLOS,

MORREREMOS DO MEDO TR!STEZA

Q ORAS OCULTA . . .A. . .

!MAGEM-GRANDEZA DE TODO

O   P O E T A

.

PO!S DEPO!S NAO RESTARA

NENHUM CONGRESSO !NTERNAC!ONAL DO MEDO

OU ALGUM QUALQUER PLAG!O ATE!STA

+ S!M A MEDROSA PHOTOGRAF!A

JA AMARELADA PELO TEMPO

.

.

.

-c.p.b.p.jr: / Carlos Drummond